Biodiversidade
(estratégias de conservação)
Cara professora, caros colegas:
Á laia de introdução
A chamada de atenção da
docente para o texto do professor Azeiteiro (2011) é extremamente pertinente,
pois o mesmo, para além de ser muito completo remete-nos para informação de
extrema importância. É certo que a maioria já era do nosso conhecimento mas a
sistematização e concentração do professor facilita-nos o trabalho de recolha
de informação.
Desenvolvimento da postagem
As
Estratégias de Conservação da Biodiversidade exigem que se saiba o que
conservar, como conservar e onde conservar. Estas são sempre decisões difíceis
e de especial complexidade por vários e diversificados motivos, como os
diferentes níveis de organização, as questões de dimensão, conectividade e
gestão por vezes difíceis de obter. Cada espécie animal e vegetal tem as suas
especificidades próprias. Por exemplo as espécies vegetais raras e os
invertebrados e outras espécies animais de pouca mobilidade podem preservar-se
em ecossistemas restritos e completamente rodeados por áreas não protegidas,
(Azeiteiro, 2011, p.1) enquanto outros animais de grande mobilidade, como os
carnívoros de topo necessitam de grandes espaços como reconhece Janeiro (2007,
p. 14) em relação ao lince ibérico, que refere que cada adulto defende um
território de 3-4 Km2 de outros indivíduos do mesmo sexo, apenas admitindo uma
sobreposição maioritária de uma fêmea reprodutora, constituindo uma relação
monogâmica com alguma tendência para a poligamia. Por este exemplo se vê as
imensas dificuldades para manter uma colónia destes carnívoros.
A
conservação pode ser encarada sob dois aspetos: baseada em habitat ou
ecossistema, isto é no espaço ou na espécie a conservar. As estratégias de conservação
têm duas abordagens: hotspots de biodiversidade
privilegiando áreas riquíssimas em diversidade específica, endemismos (espécies
de seres vivos que apenas aparecem numa determinada zona geográfica) e espécies
raras (25 áreas que correspondem a 1,4% da superfície do planeta que comportam
35% e 44% dos vertebrados e das plantas terrestres) (Myers et al. 2000, citado por Azeiteiro, 2011, p. 2) e em sistemas representativos que procuram
assegurar e manter, no espaço geográfico de referência a representação de todas
as espécies presentes, qualquer que seja o seu estatuto. Ambos os aspetos têm
sido criticados por abordarem apenas padrões estáticos e não considerar as
dinâmicas populacionais e comunitárias. (Azeiteiro, 2011, p. 2)
Desde
a entrada de Portugal na UE, quer o nosso país (como todos os países do espaço
comum) quer a Comunidade têm caminhado no mesmo sentido, tentando mitigar os
efeitos da atividade humana (principal causa da perda de diversidade e dos
serviços dos ecossistemas inestimáveis para o nosso viver coletivo) e até, como
ocorre atualmente, tentar fazer regredir esses efeitos.
Em
2001, altos responsáveis dos países europeus determinaram que “o declínio da
biodiversidade deve ser sustido, procurando atingir este objetivo até 2010” e
que é necessário “recuperar habitats e sistemas naturais”. No ano seguinte, 130
líderes mundiais assumiram o mesmo compromisso, constatando-se por sondagens
que estas preocupações com a natureza e a biodiversidade são acompanhadas pelos
cidadãos comunitários. (CEE, 2006, p. 3).
Na
União Europeia já está praticamente criada a legislação para impedir a perda de
diversidade. Os objetivos de salvaguarda da biodiversidade foram encarados numa
alargada geração de políticas ambientais e setoriais. Mas a estratégia da UE em
termos de Diversidade Biológica remonta ao fim do século passado (1998) e aos
correspondentes planos de ação (2001). Também os estados membros se mobilizaram
e implementaram os seus planos de ação. (ibidem).
Até
ao presente a biodiversidade não tem sido objeto de grande atenção no que se
refere aos acordos comerciais, mas a UE tem contribuído para regular o comércio
de espécies proibidas (com estatuto de conservação) e tem promovido sinergias
com a Organização Mundial do Comércio no sentido de promover acordos
multilaterais no domínio ambiental. A Convenção sobre a Diversidade Biológica
tem merecido da Europa Comunitária um grande esforço no sentido da sua
implementação bem como outros acordos relacionados com a biodiversidade. (ibidem)
A
nível comunitário dá-se particular importância á salvaguarda dos habitats e
espécies mais importantes estabelecidas nas Diretivas “Aves” e “Habitats”,
diretivas que estão a ser implementadas em todos os países membros, como
acontece naturalmente com todas as diretivas, criando-se aquilo que é
normalmente designado por Rede Natura 2000, consistindo em sítios que comportem
áreas “suficientes” para promover a conservação dos duzentos habitats-tipo mais
importantes da UE. (ibidem, p.7)
A
Diretiva 79/409/CEE de 02/04/1979 relativo à conservação das aves selvagens,
vulgarmente designada por Diretiva “Aves” (a peça mais antiga da legislação de
conservação da natureza da europa comunitária) pretende que cada Estado membro
tome medidas tendentes a garantir a proteção das populações de aves selvagens
no território da Europa Comunitária. Impõe a necessidade de estabelecer áreas
suficientemente amplas para cada um dos habitats utilizados pelas espécies a
proteger, cria condições para o comércio deste tipo de aves, fixa limites para
a atividade venatória e proíbe alguns métodos de captura e abate. A diretiva
inclui uma lista de aves europeias que necessitam de medidas de proteção e
obriga cada Estado-membro a classificar como Zonas de Proteção Especial (ZPE) as áreas que se mostrem mais
importantes para as espécies protegidas.
A
generalidade dos princípios gerais desta diretiva foram transpostos para o
direito português pelo Dec. Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, o que contribuiu
para a criação de 47 ZPE em Portugal Continental, Açores e Madeira.
A
Diretiva 92/43/CEE de 21/05/1992, mais conhecida como “Diretiva Habitats” tem
como grande objetivo assegurar a biodiversidade recorrendo á conservação dos
habitats naturais e de espécies florísticas e faunísticas selvagens ameaçadas
no território comunitário. As Zonas Especiais de Conservação (ZEC) criadas
em Portugal devido a esta diretiva têm como principal objetivo proteger os 253
tipos de habitats, 200 animais e 434 plantas constantes dos seus anexos, sendo
a principal finalidade desta rede (em conjunto com a anterior) manter e
recuperar habitats e espécies.
Contudo
há investigadores que defendem que nem tudo vai bem nesta estratégia de criação
de zonas de conservação. Há investigadores, como por exemplo o professor Miguel
Araújo que defendem que os sítios foram mal escolhidos e não tiveram em conta,
por exemplo, as alterações climáticas, havendo um risco elevado dos esforços
que hoje estamos a desenvolver para conservar a biodiversidade europeia não
obterem os resultados que pretendemos. Segundo aquele reputado biólogo são
necessárias novas politicas para evitar este risco. (Araújo, M., et al. 2011)
Outra
geração de documentos comunitários conexos com a proteção da biodiversidade
(onde a UE tem vindo a trabalhar desde a década de setenta, para implementar a
CDB e estratégias correlativas) são os documentos designados como Estratégicos alguns derivados de
documentos produzidos por organismos mundiais, mais tarde adotados e adaptados
pelos países-membros. É o que acontece com os três documentos apresentados
seguidamente e colocados neste trabalho a título de exemplo.
A Estratégia da União Europeia para o
desenvolvimento sustentável que estabelece um marco político ao definir como meta o desenvolvimento
sustentável, isto é, responder às necessidades do presente sem comprometer as
das futuras gerações. O desenvolvimento sustentável assenta em quatro pilares –
económico, social, ambiental e governança mundial- que devem reforçar-se
continua e mutuamente. Este documento põe em evidência sete tendências de
insustentabilidade que requerem a intervenção dos poderes públicos (e não só):
a exclusão social e o envelhecimento demográfico, as alterações climáticas e a
energia, os transportes, o consumo e a produção, os recursos naturais, a saúde
e o desenvolvimento sustentável em todo o mundo.
Estratégia Europeia de Diversidade
Biológica, concertada em1998, a
Comissão refere a perda de diversidade biológica (espécies, ecossistemas e
património genético) que acelerou nas últimas décadas a um ritmo alarmante
devido á atividade humana, principalmente devido a práticas agrícolas
desadequadas, ao desregulado desenvolvimento de infraestruturas e de
urbanização, ao turismo de massas e á poluição da água e do ar. Para promover a
conservação e a utilização sustentável da diversidade biológica defende a
conservação in situ (no sitio
natural) e ex situ (fora do sítio,
isto é em banco de genes, laboratórios e parques zoológicos e botânicos), bem
como a reconstituição de populações e ecossistemas e ainda a proteção das
espécies cultivadas ou domesticadas que adquiriram especiais características
genéticas.
Estratégia Nacional de
Desenvolvimento Sustentável (de 2006, mas
publicada em D.R. em Agosto de 2007) é um documento nacional de orientação
estratégica que visa orientar o desenvolvimento do país na senda da
sustentabilidade, recorrendo a todos os instrumentos disponíveis ou em
preparação, recorrendo á iniciativa da sociedade civil e aos fundos
comunitários. Assente num ambicioso desígnio que infelizmente se degradou,
“retomar a trajetória de crescimento sustentado que torne Portugal, no
horizonte de 2015, num dos países mais competitivos e atrativos da União
Europeia, num quadro de elevado nível de desenvolvimento económico, social e
ambiental e de responsabilidade social” a Estratégia assentava em sete
objetivos de ação: Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento;
Crescimento Sustentado, Competitividade à Escala Global e Eficiência
Energética; Melhor Ambiente e Valorização do Património; Mais Equidade, Igualdade
de Oportunidades e Coesão Social; Melhor Conetividade Internacional do País e
Valorização Equilibrada do Território; Um Papel Ativo de Portugal na Construção
Europeia e na Cooperação Internacional e Uma Administração Pública mais
Eficiente e Modernizada.
Referências do Texto
Araújo,
M., Alagador, D., Cabeza, M., Nogués-Bravo, D., Thuiller, W. (2011). Climate change threatens European
conservation áreas. Ecology Letters, 14: 484-492.
Azeiteiro,
U. (2011). Conservação da biodiversidade.
Universidade Aberta.
Comissão
das Comunidades Europeias. (2006). Comunicação da Comissão. Travar a perda da Biodiversidade até 2010-e mais
além. Preservar os serviços ecossistémicos
para o Bem-estar humano.
Dec.
Lei n.º 140/99 (1999). Transpõe para o direito português alguns dos princípios
gerais da diretiva n.º 79/409/CEE.
Diretiva
do Conselho n.º 79/409/CEE. (1979), Relativa à conservação das aves selvagens.
Diretiva
do Conselho n.º 92/43/CEE. (1992), Relativa á preservação de habitats naturais
e da fauna e da flora selvagens.
Estratégia
Europeia para o Desenvolvimento Sustentável.
Estratégia
Europeia de Diversidade Biológica.
Estratégia
Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
Janeiro,
C. (2007). Adequabilidade e perspetiva de
gestão do habitat para o lince ibérico Lynx pardinus no sítio Moura-Barrancos, Dissertação de
Mestrado em “Gestão de Recursos Biológicos”, Universidade de Évora, Portugal.
Site
da Rede Natura 2000, Zonas de Proteção Especial (Diretiva aves). Fonte ICNB
Muito bem Manuel !
ResponderEliminarCompleto e elucidativo. Gostava no entanto de relevar o fato de, e seguindo o documento que utiliza para se referenciar (Azeiteiro, 2011), Portugal ser um país pioneiro no que à conservação da natureza diz respeito e que se materializou na criação nos anos 70 das Áreas Protegidas (Lei nº 9/70 de 19 de junho, alterada mais tarde pela publicação do DL nº19/93 de 23 janeiro). Este fato a que Azeiteiro faz referência e que precedeu em muito as estratégias internacionais e da UE para a conservação da biodiversidade (mesmo a existência do CBD)coloca-nos à frente de muitos países centrais, não pelo nosso extraordinário desenvolvimento cientifico (recordo a data de pubicação - anos 70) mas antes pela visão demonstrada numa dimensão então pouco considerada pela opinião pública mundial, a do ambiente e conservação da natureza ( recordo o significado dos anos 70 para o inicio de uma época de consumismo que se prolongou para o sec XXI, bem como a tradução, por exemplo em termos de poluição desregrada e desregulamentada, que tal teve para o estado de saúde ambiental do planeta).
Quero aqui deixar como exemplo paradigmático e expressivo do que acabo de dizer o caso do parque Nacional da Peneda-Gerês que, na sequência daquele diploma legal foi criado em 1971.
Um Abraço
Vitor Ascensão
Caro colega,
ResponderEliminarGostei da forma como abordou as estratégias e políticas de conservação da biodiversidade, mas destaco que além das estratégias e políticas levadas a cabo pela da comunidade Internacional, Europeia, Nacional, cada individuo tem a possibilidade de contribuir para a conservação da biodiversidade, e com pequeníssimas ações no seu comportamento diário. A título de exemplo, indico algumas dicas bem simples, mas que muitas pessoas ainda não cumprem, e que também vão contribuindo para a conservação da biodiversidade (pois pequenos gestos individuais a nível planetário, podem dar uma grande contribuição na conservação da biodiversidade):
Comprar o peixe de forma responsável – se consome excessivamente bacalhau, atum-vermelho, salmão, linguado, tamboril… é aconselhável que suspenda o consumo destas espécies. A sobrepesca, os períodos de captura (às vezes em época reprodutiva), alguns métodos de pesca (que destroem os fundos marinhos ou provocam capturas acidentais de juvenis) podem colocar em perigo a renovação da sua população. Como alternativa, deve consumir peixes e crustáceos de espécies não vulneráveis, e deve-se comprar produtos com proveniência da pesca local ou com rótulo ecológico MSC (Marine Stewardship Council);
Reduzir as minhas emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa) – aquecer, iluminar, viajar… mas também alimentarmo-nos e vestirmo-nos, tudo o que fazemos produz GEE, que em quantidades excessivas colocam o planeta em perigo e perturbam ecossistemas inteiros. Assim devemos diminuir as nossas emissões de GEE, e devemos ter comportamentos que permitam menores emissões, assim evitar desperdícios, deslocarmo-nos a pé, de bicicleta ou de transportes públicos contribuem para a redução de GEE;
Não deitar lixo para o chão – deitar detritos para a natureza tem consequências desastrosas, e alguns com efeito imediatos: as pastilhas elásticas, as beatas de cigarros intoxicam ou asfixiam animais que as ingerem, os estilhaços de vidro podem ferir animais e com um “efeito de lupa” provocar incêndios. A longo prazo outros efeitos podem surgir, os plásticos demoram anos a degradar-se e libertam produtos tóxicos, as pilhas contêm metais pesados que ao infiltrarem-se no solo contaminam os lençóis freáticos, e todos sabemos o efeito da poluição nos ecossistemas.
Reduzir o consumo de papel e cartão – este facto contribui para se protegerem florestas, limitar a energia e a água utilizadas para o seu fabrico, diminuindo-se assim os resíduos produzidos. Quando consumir papel opte por alternativas em papel reciclado ou com o rótulo FSC ou PEFC, guardanapos, lenços e sacos opte por tecido. Outra estratégia é reciclar o papel e cartão usados;
Limitar a libertação de medicamentos para a natureza – Os princípios ativos dos medicamentos que ingerimos (e que posteriormente eliminamos do nosso organismo), são resistentes ao tratamento das águas residuais nas estações de depuração, e chegam aos rios onde têm efeitos na fauna e flora. Embora os seus efeitos ainda não sejam na totalidade conhecidos, parece que por exemplo, alguns peixes expostos aos estrogénios de síntese das pílulas contracetivas se tornam hermafroditas. Mas o que podemos fazer? Tomar os medicamentos apenas quando realmente são necessários e entregar na farmácia aqueles que não são utilizados ou estão fora de validade (não os deitar no lixo nem na sanita);
Usar produtos domésticos não poluentes – embora passe por estações de tratamento, a água lançada para os rios, esta continua a conter muitos dos fosfatos, solventes, agentes tensioativos e outros produtos químicos presentes nos detergentes atuais. Estes componentes, muitas vezes muito poluentes, podem ter repercussões graves na biodiversidade – em particular nos meios aquáticos. Assim devemos optar por detergentes com rótulos ecológicos, ou melhor ainda, devemos usar apenas sabão marselha como detergente de roupa, sabão preto para a limpeza dos solos, vinagre quente para eliminar o calcário, bicarbonato de sódio para arear os tachos e lavatórios sem os riscar… e acima de tudo moderar as quantidades a utilizar.
EliminarOutros pequenos gestos poderia referir, mas fico-me por estes, assim cada um de nós tem o dever de contribuir com estratégias individuais que permitam a conservação da biodiversidade.
Abraço forte, Adélia
Caros colegas Vitor e Adélia:
ResponderEliminarGostava de vos dizer que estou plenamente de acordo com os dois.
Caro Vitor é evidente que Portugal foi pioneiro nas questões ambientais e apesar de antes do 25 de Abril se contarem pelos dedos de uma mão os esforços em prol do desenvolvimento sustentável, termo relativamente recente(o que não admira pois, como sabemos,os passos mais importantes começaram a partir do inicio da década de 70 do século passado), tem antecedentes de alguma importância no nosso país (lembro que algumas estruturas governamentais foram instaladas imediatamente antes e logo após 1974). Como refere e muito bem o único Parque Nacional Português foi instituido em 1971, no inicio das "discussões" ambientais o que só abona em favor das politicas ambientais em Portugal. Infelizmente nem tudo é ainda perfeito mas os alertas que atualmente percorrem a sociedade portuguesa e as "fornadas" de técnicos saidos das escolas superiores com formação nestas áreas dão sustentabilidade a um futuro promissor para o nosso país.
No que respeita aos comentários da nossa estimada Adélia quero dizer que, de facto, o nível individual é fundamental para sustentar a biodiversidade. Comprar de forma sustentável (e não só peixe, digo eu), evitar o consumo de espécies em risco e em condições improprias, (recordemos o caso das enguias bebés - "angulas" - tão do agrado dos nossos vizinhos espanhóis e que de vez em quando vemos citado na nossa imprensa devido à pesca ilegal nos nossos rios para serem vendidas a peso de ouro extra muros ou dos celebrados "jaquinzinhos" e "petingas" que fazem as delicias da boçalidade portuguesa) obrigando a consumir apenas espécies rotuladas ecologicamente.
Por outro lado é importante considerar os nossos efeitos nocivos no ambiente, reflectindo sobre as nossas ações destrutivas sobre o mesmo,aprendendo a medir a nossa pegada eclógica e a conhecer todos os mecanismos tendentes a minorá-la. Nomeadamente, no que respeita aos residuos (domésticos, hospitalares e industriais e a sua componente mais agressiva, os lixos perigosos) devemos aplicar a política dos três erres (Reduzir, Reciclar e Reutilizar)que sabemos têm diferentes significados.
O mundo está a trilhar caminhos perigosos e é preciso, de uma vez para sempre, arrepiar caminho para minorar a degradação ambiental e se possivel recuperar alguma da diversidade perdida. Mas há alguns obstáculos a que tal aconteça, que a meu ver, têm sido o principal obstáculo à recuperação ambiental: o crescimento em proporção geométrica da população mundial no último século e as acentuadas assimetrias entre ricos e pobres, isto é, entre norte e sul.
Manuel Mestre
Meu caro Manuel Mestre,
EliminarDe acordo com tudo o que escreveu na sua resposta. Tal como o Manuel, eu também lamento o estado e lugar para que o ambiente era remetido na sequência das politicas agrícolas, industriais e de Ordenamento Territorial do regime anterior a 74. Talvez por isso mesmo eu não deixe de considerar como extremamente curioso (e único !) o caso da génese das áreas protegidas em Portugal nos anos 70, creia que o aprofundamento desta temática é algo a que me penso dedicar quando o tempo assim o permitir, avisado no entanto para o fato de , como bem sabe, existirem leis que se fazem e publicam para nunca serem levadas à prática ...é tão fácil, basta não as regulamentar !
Obrigado pela sua resposta
Abraço
Vitor Ascensão